feist | lonely lonely
O mesmo vento que hoje nos arranca pela raiz
cose-nos com fio duplo ao vento de amanhã.
Somos manchas minúsculas sob os riscos da noite,
A cidade por onde caminhamos é um sapato demasiado apertado.
Um ar sem céu denuncia-nos, veste-nos para a desaparição.
Perdidos para sempre os planos do homem
um a um vão-se fechando todos os poros.
Tornamo-nos impermeáveis na solidão:
dentro da pele não viaja ninguém;
fora da pele ninguém nos vê passar.
Jesús Jiménez Domínguez
(daqui)
1 comentário:
a poesia é o bisturi filho da puta de que a gente gosta
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