Há coisas que nunca
tivemos em crianças e perdem
o valor para sempre. Aquele sempre
dos primeiros dez anos, onde o tempo,
as pessoas, as coisas
parecem enormes e indestrutíveis.
Disfarçar-se de relâmpago
ou de outras coisas impossíveis, comer
todos os chocolates, ter uma bicicleta igual
à do estúpido do vizinho, fazer
as coisas que os adultos escondem
atrás da porta dos quartos, retribuir
a bofetada aos nossos
legítimos superiores, querer
morder com justa causa
tanta gente no mundo e
só poder no escuro
morder uma almofada.
1 comentário:
obrigado pelo poema, não conhecia.
(e é isso mesmo)
quanto ao senhor waits, bem... vim aqui dar com ele no dia em que saiu o último disco. ;)
quando quiser um paliativo, em qualquer dia do mês, já sabe:
http://atomwaitssongaday.blogspot.com/
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