segunda-feira, 7 de novembro de 2011
E a calma a aguardar lugar em mim
márcia & jp simões | a pele que há em mim (quando o dia entardeceu)
Ficávamos no quarto até anoitecer, ao conseguirmos
situar num mesmo poema o coração e a pele quase podíamos
erguer entre eles uma parede e abrir
depois caminho à água.
Quem pelo seu sorriso então se aventurasse achar-se-ia
de súbito em profundas minas, a memória
das suas mais longínquas galerias
extrai aquilo de que é feito o coração.
Ficávamos no quarto, onde por vezes
o mar vinha irromper. É sem dúvida em dias de maior
paixão que pelo coração se chega à pele.
Não há então entre eles nenhum desnível.
Luís Miguel Nava
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3 comentários:
ninguém fala melhor da pele.
lindo!
p.s - e a música :)...
lê-se pior aqui:
http://poediapoedia.blogspot.com/2011/08/paixao-ficavamos-no-quarto-ate.html
{ ah... falta um cisne, não eram sete? ;) }
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